A
alegria de Deus é perdoar: é o que escreve o Papa Francisco aos jovens, na
mensagem para a 31ª Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia 2016.
“Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt
5, 7) é tema da Mensagem. Cracóvia acolherá uma Jornada especial – um “Jubileu
dos jovens”, como definiu Francisco. Será a primeira a ser celebrada, em nível
mundial, depois da canonização de João Paulo II, idealizador das JMJs e,
sobretudo, se inserirá no Ano da Misericórdia convocado pelo Papa.
A
misericórdia é uma realidade concreta
Francisco exorta os jovens a compreenderem que o amor de Deus pelo
seu povo é como o de uma mãe ou de um pai por seu filho: um amor capaz de
“criar dentro de mim espaço para o outro, sentir, sofrer e alegrar-me com o
próximo”, um amor “fiel, que perdoa sempre”. Por isso, destaca o Pontífice, “na
misericórdia está sempre incluído o perdão”, porque não se trata “de uma ideia
abstrata, mas de uma realidade concreta”. Em Jesus, “tudo fala de
misericórdia”, ou melhor “Ele próprio é misericórdia”, e a “síntese de todo o
Evangelho” está nisto: “a alegria de Deus é perdoar”.
Confessionário,
lugar da misericórdia
No texto, o Papa recorda sua experiência juvenil quando, aos 17
anos, o encontro com um sacerdote, durante a Confissão, mudou a sua vida. Eis
então o convite aos jovens para se aproximarem deste Sacramento, porque “quando
abrimos o coração com humildade e transparência, podemos contemplar de forma
muito concreta a misericórdia de Deus”. O confessionário é “o lugar da
misericórdia”, destaca Francisco, porque “o Senhor nos perdoa sempre” e nos
olha com um olhar de amor infinito, para além de todos os nossos pecados,
limitações e fracassos.
Misericórdia
não é bonomia nem sentimentalismo
Mas a misericórdia – adverte o Pontífice – não só se recebe, mas
se coloca em prática. Ou melhor, “só seremos realmente felizes se entrarmos na
lógica divina do dom, do amor gratuito, sem medida”. Recordando que “a
misericórdia não é bonomia nem mero sentimentalismo”, o Papa faz um proposta
aos jovens: escolher, entre janeiro e julho de 2016 – mês da Jornada – uma obra
de misericórdia corporal e uma espiritual para colocar em prática a cada mês. A
mensagem da Divina Misericórdia, recorda Francisco, é “um programa de vida
muito concreto e exigente”, que implica obras, entre as quais perdoar que nos
ofendeu.
Justiça
e misericórdia caminham juntas
Num mundo em que os jovens se declaram cansados, em meio a tantas
guerras e violência, o Papa reitera que a misericórdia é o único caminho para
vencer o mal. A justiça, escreve ele, é necessária, mas não suficiente, porque
“justiça e misericórdia devem caminhar juntas”.
Cracóvia
nos espera!
“Cracóvia espera-nos com os braços e o coração abertos!”, afirma
ainda o Papa aos jovens, “vinde a Ele e não tenhais medo”.
JMJ
e Jubileu
Em 2016, pela terceira vez uma JMJ coincidirá com um Ano Jubilar.
A primeira vez foi em 1983-84, durante o Ano Santo da Redenção. Depois, o
Grande Jubileu do Ano 2000, quando mais de dois milhões de jovens de cerca de
165 países se reuniram em Roma para a 15ª JMJ.
Fonte: noticiascatolicas.com.br
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