
O
Papa meditou o trecho da carta de São Paulo que fala sobre o comportamento da
antiga comunidade de Tessalônica. Uma comunidade inquieta, que se questionava e
perguntava ao Apóstolo como e quando seria o retorno de Cristo, qual o destino
dos mortos e à qual era preciso dizer: “Quem não trabalha, não come”.
Fofocas não confortam
O
Pontífice observa que São Paulo afirma que o “dia do Senhor” chegará
improvisadamente como um ladrão, mas que Jesus trará a salvação a quem acredita
n’Ele. “Consolem-se mutuamente e ajudem-se uns aos outros. É justamente a
consolação que dá esperança”, reitera.
“Este
é o conselho: consolem-se. Consolem-se mutuamente. Falar disso: mas eu me
pergunto: nós falamos disso, que o Senhor virá, que nós o encontraremos? Ou
falamos de tantas coisas, também de teologias, de coisas de Igreja? De padres,
irmãs, monsenhores, tudo isso? E o nosso consolo, é esta esperança? Consolem-se
mutuamente. Consolem-se em comunidade. Nas nossas comunidades, nas nossas
paróquias se fala disso, que estamos à espera do Senhor que virá, ou se fofoca
disso, daquele, daquela, para passar um pouco o tempo e não se aborrecer
muito?.”
O julgamento e o abraço
O
Papa acrescenta dizendo que no salmo responsorial todos repetem: ‘Estou certo
de contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos’. Mas será que tem a
certeza de contemplar o Senhor? “O exemplo a seguir é o de Jó, que, apesar de
suas desventuras afirmava decidido: eu sei que Deus está vivo e vou vê-lo, e
vou vê-lo com estes olhos”.
“É
verdade, Ele virá para julgar e quando vamos à Sistina vemos a bonita cena do
Juízo Final. Mas pensemos também que ele virá me ver para que eu O veja com
meus próprios olhos, O abrace e esteja sempre com Ele. Esta é a esperança que o
Apóstolo Pedro nos diz para explicar com a nossa vida aos outros, para dar
testemunho da esperança. Este é o verdadeiro conforto, esta é a verdadeira
certeza.
O conforto de boas palavras e
obras
Como
São Paulo aos cristãos de ontem, o Papa Francisco recorda o conselho para
aqueles da Igreja contemporânea: “confortem-se uns aos outros com as boas obras
e se ajudem uns aos outros. E assim vamos para frente”.
“Peçamos
ao Senhor esta graça, que a semente da esperança que semeou em nossos corações
cresça até o encontro final com Ele. ‘Estou certo de que eu verei o Senhor’.
‘Estou certo de que o Senhor vive’. ‘Estou certo de que o Senhor virá a
encontrar-me’. E este é o horizonte de nossas vidas. Peçamos ao Senhor esta
graça e nos confortemos uns aos outros com as boas ações e as boas palavras,
neste caminho”.
Por Canção Nova
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